E a felicidade está escorrendo pelas minhas mãos. É como se tudo que eu tocasse virasse pó;
O tempo passa e não consigo apagar as dores,as lembranças. Tento até esquecer,e confesso que as vezes consigo. Mas vira e volta,eu me pego ali de novo; Com medo,desanimada,triste. Presa nos meus próprios pensamentos; Há muitas coisas que o tempo não consegue apagar!
Tento ficar bem todos os dias. É um enorme sacrifício levantar da cama,sentir o amargo do café na boca, trocar de roupa,Sorrir.
Sei que devo agradecer à Deus apenas pelo fato de acordar,de ter todos os orgãos funcionando bem. Agradecer por poder andar,enxergar,respirar. Por viver. E assim faço todo santo dia.
Mas estou tão sobrecarregada.Como se estivesse caminhando no escuro,com um fardo enorme nas costas. Não consigo me erguer sem dificuldades,e as vezes nem consigo.O peso sempre me impulsiona pra baixo. A dor é intensa e constante. Estou morta em Vida.
Já passam das 15:00 hs e eu aqui sentada no chão do quarto,olhos inchados,contando como me sinto pra um diário.É querido diário,você tem sido meu fiel confidente nos últimos meses.
As pessoas não sabem respeitar a dor do outro.Julgam,criticam,ignoram. Fazem pouco caso da sua tristeza;
Perguntam: Você está bem?
E mesmo com todas as minhas feridas,respondo: Sim,estou!
Afinal,a resposta não vai fazer diferença mesmo.
A maioria fingem que se importam e eu finjo não me importar com isso.
Mas fingir ser quem não sou pra evitar críticas dói,e dói muito ter colocar uma droga de sorriso na boca,depois de ter passado a noite toda debruçada em lágrimas.